terça-feira, 12 de agosto de 2008

Regresso

Da última vez que escrevia aqui no blog, ainda antes de fazer uma breve pausa para férias, falava de um Benfica mergulhado em indefinição, ainda demasiado longe daquilo que promete vir a ser. Desde esse dia desliguei o "botão do futebol" e, num local longe do mundo da informação como é o Sudoeste Alentejano em dias de festival, só voltei a ter notícias da bola quando dei uma olhada para a capa de um desportivo que alguém folheava numa esplanada e dizia: Reyes já cá canta!
Meu Deus! - pensei eu - o que se andará a passar?
Decidi, no dia seguinte, comprar um jornal desportivo a todo o custo para ter uma resposta. Não consegui... só no dia seguinte. Mas serviu na mesma: o Benfica tinha contratado Reyes, algo que julgava impossível. Tinha ainda jogado com o Feyenoord e vencido por 1-0. A crítica era muito positiva, num elogio geral a tudo o que fosse vermelho. Falava-se com entusiasmo dos reforços e de Quique em tom elogioso. Via-se um palantel praticamente definido com apenas um ou dois casos pendentes. Faziam-se planos de um futuro brilhante com Reyes e Aimar a prometerem melhorar ainda mais aquilo que já se vê. Enfim, um desenrolar normal dos acontecimentos ou não estivessemos nós em plena pré-temporada, tempo de todos os sonhos.
Da evolução que vi na equipa destaco os seguintes aspectos:
  • Maxi confirma-se, como eu previa, como opção para a lateral direita, parecendo descartada a vinda de outro lateral.
  • Katso parece ser para ficar. Com Yebda em bom plano e David Luiz anda sem condições para discutir o lugar o grego será a principal opção para jogar ao lado de Luisão. E, como em qualquer outra posição, Katsouranis é sinónimo de qualidade.
  • Yebda mostra ser capaz de substituir Petit: força, jogo aéreo, futebol simples e boa técnica são os argumentos do francês.
  • Carlos Martins confirma o perfil de patrão e é, em minha opinião, o médio de transição que o Benfica percisava há já uns anos.
  • Aimar parece ainda algo deslocado, vindo a ser testado numa posição demasiado adiantada no terreno.
  • Reyes promete ser uma das grandes referência deste campeonato. Di Maria, que tem mostrado na selecção que está cada vez mais preparado para explodir, perde assim muito do seu espaço.
  • Cardozo estará este ano muito mais bem servido e promete melhorar a marca que atingiu no ano passado.
  • O lado direito do meio campo espera ainda que alguém se assuma como indicutível. Rubén Amorim parece levar vantagem, sendo o garante de equilíbrio para a equipa.
Haverá quem diga "É sempre a mesma coisa" e quem defenda que "Desta é que é", isso é incontornável. Eu vou mais pela segunda, não só porque sou um optimista por natureza mas também porque aquilo que vejo me faz ter essa convicção. Uma coisa me parece certa: o Porto este ano terá concorrência à altura com Benfica e Sporting a prometerem francas melhorias relativamente ao ano passado.
É caso para dizer que "Temos Campeonato!".

Nenhum comentário: